terça-feira, 2 de agosto de 2011

Inverno

Inverno bem caracterizado esse nosso: friozão, chuviscos, e um vento-ventania que faz voar tudo, a começar pelos cabelos. Tem que se segurar pra não sair voando também. Esse vento aumenta a sensação de frio.  É preciso fibra pra não se entregar. Coragem pra encarar a rua. E de noite fica pior ainda. Mas aquecidos na alma, cheios de determinação e vontades bacanas, a gente sai pra ir ao encontro das pessoas, da vida que acontece lá fora. Bolando maneiras de driblar a friaca. Alternando as saídas à rua, para ir de um lugar ao outro, com o aconchego dos locais onde nos abrigamos. São agasalhos, comidas quentes, e, mais que tudo, o calor humano que ameniza as baixas temperaturas. E a estação fica bonita, típica.

Sempre lembrando e agindo para cooperar com os que não podem desfrutar assim o inverno e sofrem expostos ao frio.

E hoje, mais uma vez, o dia está cinza. Dias assim, nublados, cor de cinza, favorecem a introspecção, nos levam a questionamentos sobre os diferentes estados de espírito, em que pesam mais as tristezas, as faltas, as dúvidas sobre o sentido da vida. Porque o céu, que nos dá noção do infinito, e quando está azul parece acenar com clareza e limpidez, cinza se torna denso, dúbio, portador de muitas incógnitas a respeito da vida e da morte.    

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