quarta-feira, 11 de maio de 2011

Reforma Íntima

A religião espírita adota a expressão "reforma íntima" para referir a necessidade de cada um se trabalhar e se modificar no sentido de se tornar menos egoísta e mais solidário, menos materialista e mais espiritual, menos sofredor e mais conhecedor do sentido dos acontecimentos na vida. Fundamentam-se na idéia de que a vida não acaba com a morte e que existem reencarnações. Cada encarnação relaciona-se a anterior e a posterior e nada acontece por acaso. A meta é evoluir, amadurecendo e se tornando mais humano.

Conheço a religião espírita desde criança, por influência familiar, e admiro e respeito esta religião, bem como todas as religiões. Mas existe uma outra forma de interpretar a expressão "reforma íntima", mais de acordo com as áreas psi (psicologia, psiquiatria, psicanálise), que também admiro, respeito, estudo e recorro me tratando. Segundo as áreas psi somos o resultado de nossa estruturação psíquica, que se dá na infância, mais profunda e intensamente nos três primeiros anos de vida, seguindo até a adolescência, culminando na vida adulta. Podemos percorrer esta trajetória de desenvolvimento humano de forma mais ou menos harmônica, mais ou menos traumática, com tranquilidade e força ou com dificuldades e muitas angústias. Os tratamentos psi possibilitam a conscientização de situações vividas em fase de estruturação psíquica, que habitam o inconsciente e muitas vezes existem como fantasmas a nos assombrar, e a "reforma íntima" significa analisar e entender estas situações, na medida do possível, e ressignificá-las, se libertando de amarras e desvinculando-se de vínculos nocivos. Mais que isso, buscando diversificar as experiências e relações e colocando prazer em cada momento, com calma e segurança. Importante demais para a "reforma íntima" é a companhia de pessoas saudáveis, a começar pelos terapeutas.

Estou em franco processo de "reforma íntima"!

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