quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caio Fernando Abreu

Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras - e, por tudo isso, ando cada vez mais só.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Alexander Lowen

Gargalhar é assumir o risco de parecer tolo
Chorar é assumir o risco de parecer sentimental
Tentar alcançar alguém (ir em busca/ ir em direção) é assumir o risco de se envolver
Expor sentimentos é assumir o risco de rejeição
Expor os seus sonhos diante da multidão é assumir o risco de parecer ridículo
Amar é assumir o risco de não ser correspondido no seu amor
Seguir em frente diante de probabilidades irresistíveis é assumir o risco do fracasso
Somente uma pessoa que assume riscos é livre!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre mudanças

Existe um ponto!

Será como o ponto de mutação? O ponto do qual Capra falou.

Existe um ponto que se você chega até ele você chegou ao seu limite. Mas é um limite momentâneo. É o limite daquele momento. É o limite do que você é capaz de aguentar naquele momento. Se você conseguir chegar até esse ponto, se você conseguir suportar chegar até esse ponto, e mais, se você prosseguir, se você ultrapassar esse ponto, depois só vai. Você se solta. Você se liberta. Isso faz você descobrir outras dimensões. Dentro e fora de você.

Isso vale para todo tipo de restrição. Isso funciona assim com todo o tipo de limitação. É assim para vencer e superar traumas, preconceitos, dores, medos, o medo do desconhecido, o estranhamento, as dificuldades. É assim para vencer resistências e para ampliar capacidades. Isso é que significa crescer e se desenvolver de verdade.

Mas há que ter cuidado. Muitos morrem quando estão quase chegando ao ponto. Outros tantos morrem logo que alcançam ele. E ainda há os que morrem sem sequer desconfiar que esse ponto existe.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Para quê existem os grandes amores?

Para animar a pomba que voa
Para namorar bem numa boa
Para a namorada virar a patroa
Para se constituir a família
Para nascerem os bebês e se seguir a trilha
Para passar noções de mãe para filha
Para ficar velhinha e ser avó
Para amar todos de uma vez só
Para um dia morrer e virar pó
Para deixar uma saudade de dar dó

Para viver paixões fascinantes
Para conhecer o amor dos amantes
Para ter idéias brilhantes
Para fazer coisas alucinantes
Para se soltar no mundo feito viajantes
Para explorar juntos campos verdejantes
Para cavalgar em ritmos galopantes
Para o suor dos corpos ofegantes
Para se perder de tudo em dores lancinantes
Para ter certeza que nunca mais será como antes

Para inspirar os compositores
Para ouvir o rufar dos tambores
Para nas canções despertar rumores
Para nutrir novos amores
Para avivar todas as cores
Para alimentar outros sabores
Para acalmar as dores
Para ajudar a suportar difíceis labores
Para estimular louvores
Para simplesmente regar as flores

Para nascer e crescer
Para brincar e se envolver
Para estudar e aprender
Para se divertir pra valer
Para trabalhar e enriquecer
Para compartilhar com outro ser
Para viajar e muito mais conhecer
Para voltar, contar e saber
Para continuar a viver
Para ter o desejo e ser

Para nascer, viver e crescer
Para saber que tudo pode acontecer
Para ouvir o rádio como louca e não enlouquecer
Para segurar a peteca e não esmorecer
Para lembrar que o amor tem que ser grande e a fuder
Para aproveitar o tempo pra ler
Para contar as histórias quando escrever
Para dizer que não é bom servir, é melhor vir a ser
Para ainda amar muito apesar de não ver
Para, conhecendo a dor e a morte de perto, não esquecer de viver

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O filme

O filme enfoca as relações humanas, a solidão de cada um, a carência afetiva e o modo como cada qual busca suprir essa carência, a dificuldade para se comunicar apesar dos avanços nos meios de comunicação, a importância da sensibilidade, da amizade, da solidariedade, do humano nos humanos.

Mostra diferentes mundos convivendo e a forma como cada um é capaz de ler o mundo, a vida, o outro com o qual se depara.

A diferença no que atiça, chama e move cada pessoa para esta ou aquela direção.

Mostra as fatalidades do destino e a imprevisibilidade dos acontecimentos.

Nos leva a questionar até que ponto somos responsáveis pelo desencadeamento de situações em nossas vidas ou se apenas sofremos as consequências do sistema, seja o grande sistema que rege o mundo com suas regras e leis, valores e padrões, seja o pequeno sistema familiar que, de modo mais intenso e determinante, nos fez ser o que somos e nos comportarmos dessa ou daquela maneira diante da vida, nosso posicionamento no mundo, nosso lugar.

Nos aponta diferentes modelos de personalidades e os contrastes entre a passividade e a atividade, a inércia e o movimento, a resignação ou a postura de desafiar e enfrentar, a fantasia, o sonho, o desejo de ideal e as limitações que o real impõe.

Também as diferentes representações a respeito do amor e de como ele se manifesta de muitos modos em diferentes condições, de admiração e veneração, de dependência e necessidade de zelo, de disponibilidades e escolhas.

Se vê o modo como um mesmo acontecimento pode ser percebido e repercutido de tantas maneiras distintas, indo desde o banal e raso, quando aparecem personagens de menor complexidade transformando em fofoca ou interesse pessoal de oportunidade para aparecer na mídia, situações de tamanha profundidade envolvendo por completo o destino e a vida das pessoas em questão.

Coloca a noção de identidade sexual e de afinidades nas relações entre seres do mesmo sexo ou de sexos distintos, muito mais adiante do que a simples noção limitada e preconceituosa que costuma vigorar, que em tudo resume as relações apenas ao sexo em si, ao ato sexual e à opção sexual de cada um.

Demonstra a quantidade de enganos e interpretações equivocadas consequentes ao desconhecimento e à falta de dados e informações suficientes para entender uma situação.

Por fim, nos alerta para a brevidade da vida e para a certeza da morte, nos permitindo refletir sobre o quanto não deveríamos deixar pra depois, indefinidamente, as resoluções sobre questões tão importantes como nossa relação com aqueles que amamos.

Depois pode ser que nunca chegue. Depois pode ser que seja tarde demais.

Por outro lado, o filme conclui apresentando a continuidade da vida e a possibilidade de novas relações e de outras situações se criarem sempre.

Simples

"Simples"

 Nei Lisboa

Vai alvorada
Meu amor
Já és uma mulher
E é o mundo que te quer
Desce ao rés do chão
Vai que viver é só e tão simples
Sobe a escada e vem me ver
Já és uma canção
E um sonho que eu te fiz
Descansa o mundo em mim
Vem que o amor é não ou sim
Please

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Paul Valéry

O problema do nosso tempo é que o futuro não é aquilo que costumava ser.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rio Grande do Sul

Rio Grande do Sul
Do Brasil
Do Mundo
Vamos com Tarso
Governador

Frank Jorge

20 de setembro. Data Farroupilha, importante para os gaúchos, e aniversário do meu querido irmão caçula, Jorge Otávio, o Frank Jorge, músico e compositor de mão cheia. Que Deus o abençoe e que ele tenha muitas felicidades e muitos anos de vida.

domingo, 19 de setembro de 2010

Paul Valéry

A fraqueza da força é crer apenas na força.

Cervantes

O tempo amadurece todas as coisas. Nenhum homem nasce sábio.

Livros

Tenho pelos livros um carinho todo especial. Amo os livros! Claro que me refiro àqueles livros que escolho e que leio e que, então, passo a conviver com eles durante o tempo em que os estou lendo, e é essa convivência durante o período da leitura, somada à paixão que a leitura vai proporcionando, que resultam no amor.

Alguns livros se tornam tão importantes que continuam me acompanhando mesmo após a conclusão da leitura. Alguns, releio de tempos em tempos.

E é assim que os livros se tornam parte da gente, porque absorvemos o que lemos, refletimos a respeito, nos modificamos, amadurecemos, conversamos sobre e, até, escrevemos após uma leitura saborosa e nutritiva. Escrevemos escrevendo, escrevemos pensando, sentindo, falando, agindo...

Também tenho livros que me foram presenteados, livros que ganhei de pessoas amigas, pessoas queridas, pessoas que me conhecem, que sabem como eu gosto de ler e também sabem o tipo de leitura que mais gosto. Estes, com dedicatórias e carregados do carinho e da atenção da pessoa que me deu o livro, merecem um lugar especial, na estante e no coração.

E, por amar os livros, já aconteceu, muitas vezes, de eu escolher, também, livros para presentear. Nestes casos, procuro livros que possam transmitir alguma mensagem significativa. Acho que um livro, assim como uma carta ou um e-mail, já é, por si só, uma conversa.

Tenho alguns livros autografados. Livros de autores que admiro muito. Verdadeiras preciosidades para mim. Livros que amo e que trazem algumas palavras, escritas pelo autor, especialmente para mim.

Livros são um barato! São amigos silenciosos. São companheiros. Pedem licença para entrar em nossa vida. Convidam para a leitura. Respeitam o sono, quando a gente decide parar de ler. E os livros nos trazem uma infinidade de assuntos, reais, imaginários, poéticos, informativos. Livros são tudo de bom, quando são bons.

Amo os livros!

sábado, 18 de setembro de 2010

Liev Tolstói

"A razão não me ensinou nada. Tudo o que eu sei foi-me dado pelo coração".

Compay Segundo

"Las flores de la vida le llegan a todo el mundo, hay que estar atentos para no perdelas. Las mías me llegaron pasados los 90 años".

En alusión al ostracismo en que vivió sumido durante décadas en aquella isla caribeña.

Pablo Picasso

"A primeira metade da vida é aprender a ser um adulto - a segunda metade é aprender a ser uma criança".

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pontuação

Eliminar a pontuação
Confunde a razão
Amplia a interpretação
Deixa livre a associação

Navegar é preciso. Viver não é preciso.

"Navegar é preciso. Viver não é preciso."

Fernando Pessoa



Neste nosso mundo louco, de valores invertidos, onde prevalece a indiferença com a injusta desigualdade, onde a superficialidade é estimulada, "nesta terra de gigantes, em que trocam vidas por diamantes", a vida, o bem maior, não tem seu valor reconhecido diante do "capitalismo selvagem". Nestes dias em que o ar está pesado e a consciência desta estupidez toda nos deixa abalados, fica claro que não se pode entregar os pontos. A maneira possível de prosseguir na luta é encontrando inspiração no que é belo, no que é puro, no que é vivo de verdade. Ainda que às vezes etéreo. Ainda que por vezes não vivido. Mas não podemos perder de vista os valores essenciais que representam o que é natural, humano, inocente.

"Navegar é preciso. Viver não é preciso."

Fontes de inspiração são espontâneas formas de existência. Pessoas, formas de ser, lugares, situações, bichinhos, plantas, etc. Fontes de inspiração podem despertar nos seres humanos seus sentimentos mais sublimes. Estimulam a imaginação, geram momentos de criação, momentos em que homens aproximam-se do que é sagrado. Vivendo a vida vivida, cada qual cumprindo seus papéis, nos deparamos com todo tipo de limite que a realidade impõe, mas quando somos apanhados por um momento de inspiração o divino se revela e transcendemos estes limites. Nos lançamos num universo infinitamente mais rico e complexo. O sonho, a imaginação, a leveza de que se constituem o pensamento e o sentimento inspirados, tudo isto é sagrado, e só é possível graças à existência de fontes de inspiração e, simultaneamente, de criaturas sensíveis para percebê-las, vivenciá-las na escuta, na observação silenciosa, saboreando possibilidades. Assim surgem músicas, letras, poemas e muitas maneiras de expressão de amor, de pureza, de fantasias as mais diversas. Em algumas ocasiões somos a fonte de inspiração, em outras somos o alvo e nos vemos sensibilizados, viajando por paisagens raras, despertos para instâncias especiais.

"Navegar é preciso. Viver não é preciso."

Eu amo navegar e amo viver. Navegar e viver para mim andam juntos, quando escuto, quando vejo, quando sinto, quando penso, quando me relaciono, quando converso, quando leio, quando escrevo, quando ouço música, quando danço, quando brinco, quando viajo, quando faço, tudo que faz parte da vida, com amor.

Obs.: Fernando Pessoa, quando usou a palavra "preciso" neste poema, não estava se referindo a preciso de necessário, e sim a preciso de precisão. Navegar é preciso. Viver não é preciso.

Tempo

Lidamos com o tempo o tempo todo. Atrasos, retardos, precocidades, velocidades variadas. Ritmos lentos demais, rápidos demais. Pressa, calma. Passado, presente e futuro. Ontem, hoje e amanhã. Antes, agora e depois. E nós precisamos lidar com o tempo o tempo todo. Fazendo tentativas de adaptações, de adequações necessárias para integrar, para atender às necessidades, para tornar possível viver. Lidamos com o tempo o tempo todo e hoje eu estou feliz porque vou te ver! Quando estou contigo é como se o tempo parasse. Não sinto o tempo passar. O tempo se enche de vida e eu esqueço todas estas questões sobre o tempo. Quando estou contigo aproveito bem o tempo. É que te amo e o amor coloca significado nos momentos. Bons tempos...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lya Luft

"Se eu contar isso todo mundo vai rir. Mas vejo o que eles não conseguem ver, portanto na verdade eu é que posso dar risada".

Uma frase do menino anão e sem nome, o narrador de "O Ponto Cego", de Lya Luft.

"Se eu descubro o lance perverso da jogada, quem sabe eu consigo sobreviver".

"As Parceiras", também de Lya Luft.



Admiro os romancistas bons. É muito difícil escrever um romance. É muito mais fácil escrever crônicas. Mas eu já li muitos romances e já li muitas crônicas e já li também muitos contos e biografias, e já aprendi, lendo bons escritores, que um romance é como um conto gigante. Ou o conto é um romance pequeninho. Mas é diferente o ritmo, a intensidade. O conto é conciso. O romance é mais extenso. Talvez dentro de um conto conciso exista a possibilidade de se desenvolver um romance. Mas não é só por uma questão do tamanho da história contada, é por causa do enredo todo. O tempo que passa, os personagens, as relações, tudo o que acontece, como as pessoas se transformam ao longo da história. É algo que pode ser maravilhoso, mas é difícil. Porque não adianta nada escrever uma história longa se ela for chata. Se a história for chata quem é que vai querer ler? E é por isso que é muito difícil. É difícil sustentar um enredo interessante, profundo, que prenda o leitor, se a história não for muito bem contada. A história tem que ser muito bem escrita pra que o leitor goste de ler e não pare pelo meio do caminho, como acontece com muitos romances chatos.

Os romances da Lya Luft, por exemplo, são histórias que depois que a gente começa a ler não consegue mais parar, porque a gente fica tão envolvida com a história que se torna impossível não querer saber o que vai acontecer. Ela consegue tornar os personagens tão vivos que eles passam a ser parte do que se está vivendo enquanto se está lendo. E também porque nas falas e nas reflexões dos personagens sempre existe muita coisa pra se aprender.

É esse tipo de romance que eu acho que é romance de verdade. Romances que trabalham a condição do ser humano no mundo, romances que falam sobre a alma humana e por isso tocam muito fundo a gente quando a gente os está lendo.

Pode ver que hoje em dia é enorme o número de pessoas que escreve e publica, é enorme também a variedade de recursos utilizados. Linguagens diferentes. E tem muita coisa boa, mas também tem muita coisa ruim. Não sei se é o caso de que tenha mesmo muita coisa ruim ou se sou eu que não gosto de qualquer coisa. Só sei que eu identifico muito bem o que é que eu gosto, o que é que eu acho que vale ser lido. Por outro lado, todo mundo é livre pra escrever o que quiser, o que puder, e os leitores também são livres para escolher o que ler.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Amélie Poulain

Personagem adorável do filme sensacional: "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Excelente trilha sonora de Yann Tiersen. Muitas vezes, tomo banho escutando esta trilha.

Frank Jorge

Na maior parte das vezes
Queremos muito mais
E assim nós prometemos
Que vamos melhorar
No ano que vem
No ano que vem

Difícil

Difícil é disfarçar que eu não percebo quando estão disfarçando.

conconcon

Em meio àquela bagunça, aquela função turística, ficava o contraste entre a proposta zen e a multidão de visitantes afoitos por ver e reter as imagens do lugar, afoitos por fotografar.

Eu já estava fotografando há muito tempo, fotografando com o meu pensamento.

Estava observando a imensidão, estava procurando não deixar de perceber as peculiaridades espalhadas pela imensidão, para fora e para dentro.

E conseguia escutar o ruído das muitas mentes ofuscadas, atordoadas, e nem por isso deixava de conservar muitos pensamentos calmos.

E me veio um som quase como um mantra que repetia conconcon...

Eram pensamentos que iam congregando conclusões consistentes.

Eram pensamentos que representavam lembranças, boas lembranças...

Lembranças que se impunham pela força das impressões deixadas, lembranças que representavam a confirmação dos afetos.

Síntese

Desculpa...
É que eu sou assim
Meio sem querer
Quando eu vejo
Me esparramo toda
Não consigo me conter
E é por isso que muito frequentemente
Eu acabo
Tendo que me recolher

Osho

A sabedoria é silenciosa. É impossível trazer a sabedoria definitiva ao mundo das palavras.

Osho



A sabedoria é silenciosa. Falamos e escrevemos para nos comunicarmos, para nos expressarmos, para aprender e ensinar, para buscar compreender, para buscar a prórpria sabedoria, mas a sabedoria é silenciosa e não cabe no mundo das palavras.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cada um com seus problemas

"Cada um com seus problemas" é uma frase que denota indiferença, tipo: não tenho nada que ver com teus problemas. Denota egoísmo, tipo: fica na tua que eu fico na minha. Denota individualismo, tipo: cada um sabe de si ou, cada um por si e Deus por todos.

Está certo, cada um é responsável por si e pelos mais próximos de si. Não cabe a um sujeito resolver os problemas do mundo. Mas existem situações em que se não pudermos contar com a solidariedade alheia estamos fritos.

Por isso, existem pessoas que se dedicam a trabalhar com os problemas dos outros, que tentam ajudar na resolução dos problemas. Na área da saúde, na educação, no direito, na política, etc. E os artistas que oferecem trabalhos que trazem novas visões, idéias para reflexões, sugestões.

Com as doenças é a mesma coisa. Poucas são as pessoas 100% saudáveis. A maior parte das pessoas tem algum distúrbio. E isso é um problema de cada um. E doente a pessoa enfrenta dificuldades e limitações e precisa de apoio. Talvez por isso quando adoecemos ficamos tão frágeis, na mão dos outros, e quando conseguimos melhorar nos tornamos mais humanos e compreendemos melhor as doenças dos outros.

Cada um, cada um, mas os problemas de cada um também são, em parte, problemas nossos. Dá pra ver que é uma fisioterapeuta falando... Agora impossibilitada de exercer. Isso foi o mais difícil no meu adoecimento, passar da posição de cuidadora para a de ter que ser cuidada.

O mundo

"O mundo é fabuloso
O ser humano é que não é legal"

(Ed Mota)

O mundo é muito grande. As chances são diversas. Tudo pode acontecer.

Essencialmente somos todos iguais, mas justamente a riqueza está na individualidade. Diferenças individuais. Cada um é único.

Circuito dinâmico: recebemos muitos estímulos, informações. Processamos de acordo com nossas percepções, impressões, sensações, emoções, sentimentos e pensamentos, que nos levam a conclusões e comportamentos e definem nossas opções, ações e relações. Associações.

Nosso instrumento básico é o nosso corpo, através do qual se manifesta a vida em nós, e por intermédio do qual podemos desenvolver nosso potencial nos expressando de diversas formas, desde a aprendizagem mais primária até a mais complexa. E assim, sempre o movimento físico da vida nos propicía a sobrevivência, as vivências e experiências.

A partir do individual nos dirigimos ao social e surge a possibilidade de intercâmbio.

Por causa das diferenças individuais uns são mais capazes e favorecidos, enquanto outros são mais limitados ou, às vezes, sofrem prejuízos danificadores.

É necessário perceber as diferentes condições para que se possa compreender as diferentes capacidades de assumir as mais diversas funções. E espera-se que haja fraternidade, solidariedade, amor.

A direção é o norte. Para frente, para cima. As palavras-chave são: crescimento, desenvolvimento, consciência, luz... Tudo é passível de compreensão. Tudo é possível ser transformado, mesmo que às vezes demore, mesmo que seja difícil.

A graça da vida está em viver admitindo a diversidade de formas de vida, a graça da vida está em compreender as diferenças, assim a gente consegue aceitar melhor a si próprio e aos outros.

O mundo é muito grande. As chances são diversas. Tudo pode acontecer.

São muitos lugares, muitas formas de vida, muitas etnias, muitas culturas. É um vasto mundo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Colo

"me leva pra casa
me pega no colo
me conta uma história
me fala de amor"

Eu estava andando, indo de um lugar a outro, e me dei conta de que essas idas de um lugar a outro, essa busca de chegar a um lugar e lá poder ficar, e esperar poder ficar bem, tem a ver com o colo... O colo. Os colos. O primeiro colo. Os primeiros colos. Todos os colos bons. A sensação que se trás, no corpo e na alma, e que se leva junto com a gente para cada lugar aonde se vai. A busca de encontrar o lugar que seja seguro e confortável como pode ter sido o primeiro colo, os primeiros colos, todos os colos bons. Mais que seguro e confortável, seguro e confiável. A ponto de nutrir satisfatoriamente e permitir que se consiga descer do colo e começar a se deslocar por conta própria para explorar o entorno. Rastejar, engatinhar, até dar o primeiro passo e muitos outros depois. E caminhar. Caminhar, caminhar, caminhar. Ser caminhante na vida. E poder contar de novo com o colo bom quando precisar.

Johnny Depp

Meu ator predileto. Interpretou Edward Mãos de Tesoura e muitos outros personagens incríveis.

Edward Mãos de Tesoura

Personagem ultra humano do filme de Tim Burton

Deus

Deus, aqui na Terra muita gente acredita em você. São muitas e muitas pessoas acreditando em você. Pessoas de diferentes etnias, pessoas de diferentes lugares, pessoas de diferentes religiões. São pessoas cheias de fé.

E eu, é claro, admiro uma pessoa que tenha fé, independentemente da religião que ela siga, independentemente mesmo dela ter ou não ter uma religião, desde que tenha boa fé.

Mas uma coisa é certa, é muito mais admirável e confiável um sujeito ateu e honesto, do que um que se diga religioso e proceda de má fé.

Por isso, Deus, abra o olho com os seus fiéis.

Humanos

E eu me vi pensando e relembrando as muitas pessoas que compõem a humanidade. Especialmente aquelas pessoas que parecem ser os mais humanos dos seres humanos, aquelas pessoas que trabalham duro a vida inteira, aquelas pessoas que trabalham por devoção e por amor, aquelas pessoas que costumam dar a própria vida aos outros. Essas pessoas que colocam o sentido de suas vidas em dedicar suas vidas aos outros, a cuidar dos outros, a promover a possibilidade de vida a outros, a ajudar os outros a atingirem seus objetivos. Essas pessoas que vivem dando condições para que os outros possam viver, acontecer, existir, ser. Essas pessoas, muitas vezes anônimas, que permitem que outros saiam do anonimato para ganhar um lugar de destaque no mundo. Pessoas que atuam na base, nos bastidores. Essas pessoas que chegam ao final da vida e nem sempre recebem o carinho e o reconhecimento que merecem. Essas pessoas que parecem ser os mais humanos dos seres humanos. Geralmente mulheres... Tias, avós, mães, filhas, irmãs, amigas, trabalhadoras, etc. Mas também alguns pais, filhos, tios, avôs, irmãos, amigos, trabalhadores, etc. Essas pessoas são valiosas.

domingo, 12 de setembro de 2010

Frank Jorge

Sim
Você esperava muito, muito, muito, muito mais de mim
O que eu posso lhe dizer?
Eu sou assim
Não tenho culpa

Postagem número cem

Num dia chuvoso, domingo, mas bem legal. Já fiz contato com o Fi, almocei com a mãe, a Marta e o Duda, fui ao super e agora estou em casa ouvindo música e curtindo no computador. Fiz vários e breves posts no blog, hoje. Uma foto, uma frase de um amigo do orkut, e trechos de letras de músicas. Estou bem. Bem na boa. Bem feliz. Quando estou me sentindo assim quase não escrevo. Estou longe de ser uma escritora profissional, sou uma escritora compulsiva, escrevo por compulsão. E quando a compulsão diminui também diminui a necessidade de escrever. Isso mudou um pouco quando fiz a oficina literária e aprendi a domar minha escrita. Agora ainda não sei como vai ficar, só sei que meu amor por escrever voltou, mas a compulsão diminuiu. Tem que ver que tem o efeito dos remédios. Será que vou seguir escrevendo? Será que vou escrever melhor? Não sei. O tempo vai dizer. Será que eu devia voltar para a oficina?

Chico Buarque

Ai que vida boa, olerê
Ai que vida boa, olará
No estandarte do sanatório geral

Nei Lisboa

Ei, ei, ei
Alma doidivana
Doce devaneio
Velho desatino

Skank

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Fernando Muniz Barrett

"O tempo é mercúrio cromo, o tempo é tudo que somos".

Flores


Hoje é domingo e o dia está nublado, mas mesmo assim pode ser um bom dia. Estou ligada nas belezas e riquezas da natureza.

sábado, 11 de setembro de 2010

A chuva

Num dia como hoje, por exemplo, a chuva cai, diz coisas sonolentas, coisas tristes, num ar vagamente sonâmbulo de quem já não sofre, num ar morno de suprema lassidão, de suprema renúncia, como quem se resigna a todas as misérias, como quem se resigna a todas as covardias.

Parece que a chuva diz rezas, rezas frias, murmuradas por lábios frios num frio claustro de convento.

Parece que a chuva fria fala num delírio incessante, febrilmente vago, num salmear inconsciente, como quem vai morrer. Eu não sei se você tem sentido a nostalgia destes dias assim, mas eles evocam em mim a tragédia das almas que se calam, das que já não se queixam, das almas galvanizadas na angustiosa tormenta de impossíveis sonhados um dia e nunca realizados.

Quando nesses dias eu olho as planícies vastas, tenho medo de ver, insensivelmente, o meu olhar transformar-se no olhar espectralmente parado das estátuas. Então agito-me, sacudo-me, falo alto, canto como as crianças que têm medo das sombras imóveis das árvores numa estrada deserta. Tudo é grande, tudo parece fugir, fugir sempre ao longe, como aqueles fantásticos castelos de brumas, onde ninguém chegava nunca - a chuva continua a dizer sempre a mesma coisa, a embalar o tempo que adormeceu agora...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Depoimento

Se tivesse que me definir, sinteticamente, diría: Sou a Têri, mãe do Filipe. Não tenho dúvida de que a maternidade é o que há de mais importante na minha vida. Sempre vivi intensamente meu papel de mãe. E mesmo nos piores períodos do meu adoecimento, nunca deixei de ser mãe. Mas também sou filha, irmã, tia, madrinha, amiga, algumas vezes fui namorada, uma vez fui casada, enfim.

Sempre fui um pouco maluquinha. Na juventude, meus amigos diziam que eu era "desligada". Era um termo que se usava, na época, para designar alguém que "levava uma vida sossegada, gostava de sombra e água fresca". Mas, mesmo sendo assim, paralelamente era compenetrada e consegui construir uma vida, amando, me relacionando, estudando, trabalhando, viajando e aproveitando a vida atraída pela natureza, pelas artes, pelas pessoas. Movida por ideais humanitários, escolhi trabalhar com saúde e educação.

As coisas começaram a se complicar mais, em 2001. Em setembro, fui doar sangue para a Vera Karam, que estava hospitalizada, com cancer, na Santa Casa. Sempre admirei a Vera Karam, tenho tudo que ela escreveu e publicou. Resulta que, meses depois, a Vera veio a falecer, e minha doação só serviu para eu descobrir que tinha hepatite C. A partir daí procurei um gastro: Guilherme Becker Sander (estou com ele até hoje), parei de beber bebida alcoólica e fiquei "controlando" minha hepatite através de exames periódicos, com acompanhamento médico. Esse diagnóstico mudou minha vida.

Em outubro de 2004, iniciei, por indicação do gastro, o tratamento que a Secretaria da Saúde oferece, com doses diárias de Ribavirina e, semanais, de Interferon, na tentativa de negativar o vírus. O tratamento durou 1 ano e eu fiz completo. Porém, em março de 2005, como efeito colateral do Interferon, tive um surto psicótico. Fiquei apavorada, assustada, com manias de perseguição, achando que tudo e todos queriam a minha morte. Saí de casa e fui para casa da minha mãe. Precisava ser cuidada. Precisava ficar perto das pessoas mais confiáveis e que mais tinham condições de me cuidar. O pior foi a separação brusca do meu filho, que ficou em casa sozinho, se virando. Felizmente já era adulto, tinha 21 anos.

Busquei tratamento psiquiátrico, mas nesse momento e até meados de 2006 o tratamento foi inútil. Tomava Aldol para controlar a psicose e Pamelor como anti-depressivo. Esses remédios não me faziam bem. Eu ficava abobada, inerte, não fazia nada. Passava a maior parte do tempo deitada.

Em maio de 2006, mudei de psiquiatra. Fui para a Fundação Universitária Mário Martins, com o dr. Mateus Frizzo Messinger, que mudou a medicação e oferecia uma psicoterapia mais eficaz. Estou com ele até hoje. Tomo Carbolitium para moderar o humor e Risperidona para controlar a psicose. Me dou bem com esses remédios. Melhorei, mas foi aos poucos, demorou. Voltei a escrever trechos breves e passei a usar a internet para troca de alguns e-mails. Mas me sentia desestruturada, saía muito pouco e sempre acompanhada da mãe, de algum irmão ou do meu filho. Segui na casa da mãe 2006, 2007 e 2008. Nesse ritmo lento, nessa rotina pequena, alternando momentos melhores com longos períodos de depressão e uns surtos de vez em quando. Só digo uma coisa: ninguém passa anos em brancas nuvens por querer.

Em agosto de 2008, surtei brabo. Meu psiquiatra me encaminhou para internação na Clínica São José. Me apavorei, nunca tinha sido internada antes. Fiquei 2 meses lá e, no fim das contas, foi muito bom. Me fez muito bem. Era bem tratada, cuidada, e o convívio com muitas pessoas legais, internadas, cada uma por uma razão diferente, me fez ampliar e clarear minha noção sobre distúrbio psíquico. Melhorei e quando saí da clínica voltei pra minha casa. Estou aqui desde então. Sozinha, porque nesse meio tempo o Filipe casou. Mas fazemos contato diariamente e nos vemos com regularidade.

Em 2009, iniciei o Acompanhamento Terapêutico, com o psicólogo Marcelo Lubisco Leães, por indicação do psiquiatra. Altos progressos. A companhia, as conversas, as visitas e arrumações em casa, os passeios pela cidade, tudo isso me trouxe de volta um ritmo de vida e uma identidade que havia sido perdida. Não digo perdida, mas estava muito embaçada.

Com todos estes recursos: apoio da família, terapeutas, medicação, uma internação, uso da internet (além dos e-mails, quando saí da clínica entrei pro orkut por causa de um colega de clínica, mais adiante, por convite de amigos, entrei pro facebook, e mais recentemente, por indicação do psicólogo, criei este blog), tenho melhorado, mas não sou mais a mesma, não tenho mais o vigor de outrora, e minha mente precisa de todo esse aparato para que eu me sinta segura e me atreva a viver socialmente.

Quando terminei o tratamento com interferon o vírus da hepatite C negativou, mas seis meses depois, quando repetimos o exame, ele tinha voltado. Assim que, sigo sendo portadora de hepatite C e o tratamento desencadeou em mim Transtorno Esquizoafetivo e hipotireoidismo, que trato com Puran T4. São as minhas doenças e tê-las faz muita diferença.

Escrever

Amo escrever! Agradeço por ter sido alfabetizada e poder ler e escrever. Sempre escrevi muito. Estudando, trabalhando, desabafando, organizando o pensamento, criando histórias, redigindo bilhetes e cartas.

Quando meu pai morreu, em 68, comecei a escrever, às vezes, para tentar me comunicar com ele. Fantasias de criança.

Na adolescência, meu irmão e amigo, Mário, passou 1 ano nos Estados Unidos, num intercâmbio cultural chamado AFS. Trocamos muitas cartas. Foi a forma que encontramos de amenizar a distância e matar a saudade.

Muito mais adiante, já adulta, apaixonada platonicamente pelo Mauro Borba, da Pop Rock, mandei muitas coisas pra ele, às vezes com pseudônimo. Era forte. Uma viagem que eu fazia através da companhia dele pelas ondas do rádio. Também escrevia para o Arthur de Faria, que me respondia. Era diferente, sempre adorei o Arthur, mas sempre senti o Arthur como um amigo real.

Em 2004, fiz uma oficina literária, com Charles Kiefer, e publiquei o conto "Dos pés à cabeça", na coletânea 101 que contam. Depois, na 103 que contam, publiquei o conto "Os ratos". Também tenho dois contos na Vitrine do site da oficina do Charles. São eles: "Norma" e "O legado de Jack".

Tenho cadernos e folhas de ofício com escritos de diferentes épocas. Guardados.

Agora, desde fevereiro deste ano, estou com o blog. E estou gostando. É livre, é solto, é aberto pra quem quiser ver, é sem nenhuma pretensão. Como já falei, em outra ocasião, é terapêutico.
Amo escrever e adoro meu blog terapêutico!

Olhar e confiança

Envolve apego e desapego. Envolve segurança e insegurança. Envolve certezas e dúvidas. Envolve confiança e desconfiança. Então... Me parece que o melhor de tudo, quando se olha daqui onde estou, é poder trabalhar profundamente essa questão da confiança. A confiança básica que vai pela vida afora norteando tudo. Ou não. A confiança que é básica. A confiança que é a base de tudo. A confiança que faz com que se possa sentir seguro. A confiança que nos faz perder o medo. Até mesmo no escuro. A confiança que tem sua origem na relação do bebê com sua mãe ou quem quer que seja que faça a função materna.

Você está vendo? Você está conseguindo ver? Você está sentindo o que eu estou sentindo olhando daqui onde estou? Será que conseguiremos enxergar a segurança, algumas certezas que nos dêem confiança? Acho que sim. Mesmo que isso às vezes demore um pouco, eu sei que isso não acontece assim só para mim. E depois, quando fica difícil de enxergar, pode-se mudar a posição do olhar. Pode ser que também seja necessário algum acessório para olhar. Eu sei. Já falei de óculos... Mas agora é diferente, agora é uma situação para binóculos. E depois, mais adiante, todos os aparatos de olhar o céu. Olhar o céu é o que pode haver de mais infinito de visão. E eu garanto que prefiro olhar o céu do que olhar o seu... O Seu deve saber do que é seu. Eu só sei de mim e um pouco do céu.

Viu? Olha de novo. Olha bem aqui onde eu estou olhando. Se você quiser, com toda sua vontade, você vai conseguir ver. Se você quiser você pode conseguir ver o que eu estou vendo. Se não conseguir, conforme-se. Olhar é algo muito pessoal. De qualquer forma, a mim você pode ver. Não pode? Você não confia em mim?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Olhar

Olhando daqui dá pra ver muito bem. Daqui é possível olhar perto e também é possível olhar longe. Se bem que o que está mais longe é mais difícil de ver. Não é que não dê pra ver, mas a visão fica um pouco turva. Só dá pra ter certeza do que se está vendo lá longe quando já se viu o que está lá longe de perto. Quando já se conhece, decerto... E ainda tem a vantagem de que se pode mudar de posição para ampliar a visão. Conforme o local onde a gente se posiciona para ver, é diferente a visão que se tem. Em algumas ocasiões se pode definir muito bem o que se está vendo, em outras isso não é possível porque a visão que se tem é a do infinito. O infinito é assim, se a gente vai andando na direção dele pode-se até ter a ilusão de que se vai chegar, mas conforme se anda ele também anda. O infinito é assim, nunca termina. Nunca se chega lá. Então, se a questão é querer chegar em algum lugar, o melhor é procurar sair na direção do que está mais perto, aquilo que a gente consegue enxergar e que nos permite delimitar onde começa, por onde continua e onde termina. Assim são os caminhos mais conhecidos. Mais seguros. Assim são os pontos de partida e chegada, que podem inclusive ter duas vias. Mas existe algo que algumas vezes nos provoca, algo que não nos deixa esquecer a visão do infinito. Talvez seja um desejo de buscar e de encontrar o mais bonito. Talvez seja apenas uma noção do quanto se é pequeninho. A verdade é que impressiona muito esse mundo infinito. Lá fora, quando se olha ao longe e não termina mais, e dentro de nós, quando nos acomete essa capacidade de perceber o infinito mesmo se sendo tão finito. Pode causar uma angústia. Mas também pode nos proporcionar alívio. Depende só de nós. Depende do que se vê e do que se quer. Depende daquilo que mais se gosta, do que se prefere. Envolve apego e desapego. Envolve segurança e insegurança. Envolve certezas e dúvidas. Envolve confiança e desconfiança. Então... Me parece que o melhor de tudo, quando se olha daqui, é poder trabalhar profundamente essa questão da confiança. A confiança básica que vai pela vida afora norteando tudo. Ou não.

Cais do porto de Porto Alegre


Fernando Pessoa

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Que coisa boa...

Cidade pequena
Do interior

Dia de verão
À tardinha

Depois do banho
Cabelos penteados
Molhados

Vestido levinho
Sandálias macias
Perfume de alfazema

Caminhada até a sorveteria
É só pra passear
É só pra ir tomar sorvete

Mas é cheia de faceirice e de orgulhos
É cheia de um ar de felicidade
É plena e segura essa caminhada

A mão do pai garante o passeio
E ele conhece o sabor preferido do sorvete

Essa é uma caminhada completa
Completamente boa!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Transtorno Esquizoafetivo

Transtorno Esquizoafetivo é o diagnóstico do meu transtorno psíquico. Tem semelhança com Transtorno Bipolar porque apresenta alterações de humor, alterna momentos de euforia com outros de depressão. Mas é mais grave porque tem, associado, psicose. Assim, euforia é surto, e depressão é quase morte. Penei muito. Outra hora vou escrever um depoimento falando tudo como foi, como tem sido. Me trato. Com um psiquiatra faço psicoterapia e sou medicada, tomo dois remédios, um para moderar o humor e outro pra controlar a psicose. Com um psicólogo faço Acompanhamento Terapêutico. Estou melhor, mas instável, tenho altos e baixos na minha melhora. Escrever, que sempre escrevi, ajuda muito.

Vida

Há sempre coisas e mais coisas que impedem coisas na vida, não é assim?

Viver é não saber que se vive. Procurar o sentido da vida, sem mesmo saber se algum sentido tem, é tarefa de poetas e neurastênicos. Só uma visão de conjunto pode aproximar-se da verdade. Examinar em detalhe é criar novos detalhes. Por debaixo da cor está o desenho firme e só se encontra o que não se procura. Porque eu não me esqueço de viver... para viver?

Só se pode ser feliz simplificando, simplificando sempre, arrancando, diminuindo, esmagando, reduzindo; e a inteligência cria em nós um mar imenso de ondas, de espumas, de destroços, no meio do qual somos depois o náufrago que se revolta, que se debate em vão, que não quer desaparecer sem estreitar de encontro ao peito qualquer coisa que anda longe: raio de sol em reflexo de estrelas. E todos os astros moram lá no alto...

A vida tem a incoerência de um sonho. E quem sabe se realmente estaremos a dormir e a sonhar e acabaremos por despertar um dia? Será a este despertar que os religiosos chamam Deus?

Rita Lee

Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida

Eu não tenho nada pra dizer
Por isso digo
Eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Apenas uma história um pouco confusa

A história está em andamento. Existe um misto de desilusão e de contentamento. Como é que pode isso? Isso simplesmente acontece. Não é que possa, é que acontece assim. Acontece assim porque tudo onde estamos metidos e tudo o que nos rodeia faz que seja assim.

De desilusão eu sei bastante. De contentamento também. Agora é ficar na espreita para ver o que é que vem. Também tentar fazer acontecer o melhor.

Talvez a memória seja curta. Talvez a amnésia ataque um bando de gente. Talvez apenas queiram esquecer para não se comprometer.

E eu só pergunto para onde é que foram as noções de ideal? O que será que vão fazer agora com o que é real?

Será que não percebem mais o aspecto revolucionário da religião? Será que não serão mais fiéis ao lado religioso da revolução?

E o amor? O amor que deveria estar permeando tudo ao mesmo tempo... O amor que quase não tem mais vez nesse mundo de produtos. Produtos que são inventados para criarem necessidades e precisarem ser comprados e, assim, serem vendidos. Produtos que, uma vez vendidos, geram condições para que outros produtos sejam criados, vendidos e comprados. Tudo se vende e tudo se compra. Tudo pode ser vendido e tudo pode ser comprado. Exceto o amor. O amor que quase não tem mais vez neste mundo de compra e venda, porque o amor não é um produto.

Tudo bem. Assim funciona e não há como escapar. Mas em troca disso quantos abdicaram da possibilidade de amar?

E no fundo nem é tanto assim o que precisamos. Podemos ser simples, básicos, não consumistas.

Eu vi. Eu vi bem de perto. Eu vi várias pessoas que não tinham. Eu vi pessoas que não tinham batalharem pra ter. Eu também vi pessoas tendo muito. Vi pessoas tendo tudo que se pode sonhar em ter. E, algumas vezes, essas mesmas pessoas eram infelizes, não sabiam amar. Eu vi essas pessoas, que deveriam estar realizadas, insatisfeitas. É que se corromperam. Se venderam e desaprenderam o amor em nome desse outro tipo de valor. Não se importam com mais nada, com mais nada que seja puro. Essas pessoas estão com tudo, mas estão vazias e insatisfeitas. Estão esvaziadas da possibilidade de amar. Transformaram as relações em jogos de interesse e de conveniências. Depois, quando vão deitar, sentem um vazio que nunca se preenche. E nunca vai se preencher. Nunca mais essas pessoas serão capazes de entender, porque tudo o que fizeram, tudo o que aprenderam, tudo o que ela têm feito foi desembocar numa condição imposta de ter que sempre se vender, para sempre estarão submetidas a serem pessoas vendidas. E junto com isso vem uma coisa que vai fazendo a pessoa ficar cada vez mais bruta, cada vez mais sem sentir, cada vez mais fria, rápida, eficiente no mercado, mas fria, cada vez mais sem saber onde está o seu pedaço de verdade. Cada vez mais pessoas capazes de vender e comprar, mas impedidas de amar.

E agora? O que fazer com isto? O que isto é? Uma barbaridade? Uma afronta à verdade? Isto é uma provocação ou isto é apenas um jogo estratégico para buscar alguma solução?

Tempo

O tempo reencontrado graças às sensações que afloram do tempo perdido...

Tempo

O tempo do inconsciente é um tempo atemporal.

BRASIL


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Expointer 2010

Meus sobrinhos caçulas, Érico e Glória, filhos do Jorge e da Dani, na Expointer.

O Érico é meu afilhado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Arnaldo Baptista

Olhe, o sol chegou!

Me abrace
Diga-me o meu nome
Diga que você me quer

sábado, 4 de setembro de 2010

Arnaldo Baptista

Eu não tô nem aí pra morte
Eu não tô nem aí pra sorte
Eu quero mais é decolar toda manhã

Um dito real

Só sabe a profundidade do poço quem cai.

Tia

Minha querida tia-avó Hermínia, que, junto com meus pais, me criou.
Morreu quando eu tinha 40 anos.
Assisti o funeral da tia e quase morri de tanto chorar.
Saudades...

Homenagem aos meus mortos mais queridos, o pai e a tia.

Pai

Meu amado pai, Mário, que morreu quando eu tinha recém feito 10 anos.
Não assisti ao funeral de meu pai.
Saudades...

Mais uma História de Funeral

Não tinha ninguém no mundo. Vivia a toa e sozinho. Rondava os cemitérios da cidade, todos concentrados no mesmo bairro, o que, de certa forma, facilitava sua tour. Acompanhava o movimento dos funerais. Alguns velórios lotados, outros com pouca gente em volta do morto. Gostava de assistir aos cortejos e de longe observava as diferentes manifestações. Já tinha construído uma espécie de conhecimento sobre o assunto. Sabia identificar quando o morto era alguém importante ou muito querido e quando, mesmo com a presença de uma multidão, tudo não passava de encenação para cumprir formalidades obrigatórias. Principalmente nestas ocasiões, de muita balbúrdia, se alegrava quando o cerimonial se encerrava e o cemitério voltava à quietude habitual. Conhecia, melhor que os coveiros e os guardas, os túmulos, as galerias, os mausoléus, as imagens e estátuas que compunham o cenário de cada um dos cemitérios por onde circulava. Adorava os anjos e os nomes, as flores que demonstravam, no seu entender, uma continuação da vida, os epitáfios, que diziam algo sobre como havia sido a vida. Das fotos nas lápides não gostava muito, a menos que a pessoa tivesse sido muito especial, não necessariamente bonita, mas especial. Procurava naquele território alguma possibilidade de vir a saber quem eram os seus. Como havia se criado num orfanato e durante toda a vida só tinha feito rolar por aí, agora, já velho, procurava entre os mortos a sua história, que poderia ser a que ele quisesse, a que ele fosse capaz de imaginar a cada dia. Acho que ele gostava tanto de andar assim, rondando a morte, na tentativa de preparar por lá um lugar para si, já que em vida não havia encontrado.

Histórias de Funerais

...homem pequeno e encurtado mais ainda pela morte, sumido num caixão grande demais, entre quatro velas e com um punhado de flores amarelas sobre o peito. Mulheres sentadas em cadeiras e bancos pelas laterais do ataúde, rezando ou simplesmente estando. Homens aqui e ali, falando mil coisas, mas sempre com vozes opacas, refreadas.

A vassoura da Bruxa

Mario Arregui



Detestava funerais. Pensava que os laços com o morto, já que estava morto, não mais podiam ser vividos na expressão real da vida e, sendo assim, não fazia sentido ficar num funeral. Depois, lembrava que, apesar do morto estar morto, a cerimônia representava uma despedida simbólica, uma forma de demonstrar carinho ou, pelo menos, consideração, não apenas para com o morto, mas também com seus familiares e amigos que por lá estivessem. Então, como é costume à maioria dos mortais civilizados, quando morria alguém de suas relações, ía ao funeral, mas, curiosamente, só permanecia durante o velório. Cumpria religiosamente as formalidades, orando pelo morto, cumprimentando e dizendo palavras de apoio às pessoas ligadas ao morto, chorando discretamente, dependendo de quem fosse o morto. Em seguida, à medida que aproximava-se a hora do enterro, saía à francesa. Essa atitude lhe trazia uma ilusão de alívio, proporcionava uma prorrogação da dor maior. Até porque era certo que quando fosse embora entraria no primeiro boteco para beber umas que outras e só voltaria a ter notícias daquele morto, o morto daquele dia, daquele velório, quando reencontrasse os conhecidos que, invariavelmente, comentariam sobre o sepultamento e dedicariam boas horas para recordar mais aquele amigo que havia embarcado nesta viagem, última, sem volta.

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Quando ele morreu, a comoção na cidade foi geral. Ela, atordoada, não sabia o que fazer. Caminhou de um lado para o outro da casa. Perdida. Sozinha. Chorou, foi para o banho, colocou a melhor roupa que tinha e dirigiu-se ao cemitério onde o corpo dele estava sendo velado. Só conseguiu chegar no final do velório e, em função da multidão presente, precisou se espremer no meio de tanta gente estranha, tendo que se espichar para conseguir enxergar o rosto dele, que parecia tranquilo. Até muito tranquilo para um morto tão popular como ele. Em seguida, colocaram a tampa no caixão e foi dado início ao cortejo que conduziu o corpo até o túmulo. Ela acompanhou todo o ritual do sepultamento, até o último instante. Não ouviu nenhum ruído, nem o choro dos cristãos, nem o que o padre havia dito, nem os gritos e soluços dos mais descontrolados. Ela estava lá, mas numa outra dimensão. Estava ouvindo uma canção orquestrada por sopros e, ao contrário do que se poderia imaginar, deixou o cemitério muito mais leve e feliz. Caminhou sem rumo pela cidade até resolver voltar para casa. Seus passos pesavam menos. Naquela noite comemorou sua liberdade e desfez-se de tudo que pudesse lembrar aquele que por tanto tempo havia prendido sua atenção e seu amor, em vão. Agora ele estava morto. Agora não restava mais nenhuma dúvida de que ele não existia e não viria jamais.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meu Blog Terapêutico

Meu blog terapêutico nasceu em 23 de fevereiro de 2010 por sugestão do meu psicólogo, Marcelo Lubisco Leães. Foi ele que me ajudou a criar o blog.

Tempos atrás, meu professor da oficina literária, Charles Kiefer, também tinha me sugerido, mas naquela ocasião não rolou.

Tenho curtido o blog de modo bem solto, coloco nele o que me dá vontade, sem compromisso com alguma ideologia. Têm textos e contos meus, escritos breves, fotos, poesias de poetas que gosto, trechos de letras de músicas que acho bacana, um pouco da minha religiosidade e papos como este de agora. São coisas que sempre curti, a diferença é que o blog torna público e isso é mais saudável do que ficar curtindo as coisas sozinha.

Tenho alguns seguidores e alguns comentários. Já é bom.

Passei um tempo sem mexer com o blog, sem vontade, apática, mas agora voltou o pique de postar e pretendo continuar postando. Gosto disso!

Tanto que sigo outros blogs e visito outros tantos. Sigo o Subjetivação, blog do grupo de Acompanhamento Terapêutico do Marcelo; sigo um dos blogs do Charles; sigo o Frankômetro, blog inativo do meu irmão Frank Jorge; sigo o Cucamonga, blog do meu amigo Ricky Bols, só de imagens, e sigo o blog do Fabrício Carpinejar.

É, acho que me tornei uma blogueira...

Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa, ilumina. Amém.

Primeira oração que aprendi na vida. Aprendi quando era criança, com a minha tia-avó Hermínia. Rezava antes de dormir. Até hoje rezo, às vezes.

Lulu Santos

Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e sons
Tem certas coisas que eu não sei dizer

É verdade...

É verdade...

O macaco senta no rabo e fica olhando o do vizinho. E falando, o que é pior, fica falando mal. Sim, porque fala mal e fala para um monte de gente. Se acha o bom e critica os outros, acha que os outros é que são errados, loucos.

Pior que o maldoso macaco, são os maldosos que cometem atrocidades como se estivessem agindo certo. Quanta coisa errada já foi cometida no mundo.

"Pensem nas meninas mudas, telepáticas...
Pensem nas crianças cegas, inexatas..."

Pensem nas "bruxas" que morreram nas fogueiras da inquisição.

Pensem em todas as vítimas da incompreensão.

Pensem no Corcunda de Notre Dame.

Pensem em Joana D'arc e em Anne Frank.

Pensem em Kasper Hauser e em Mogli, o menino lobo.

Pensem em Jesus, em Einstein e Freud.

Pensem como estamos longe de entender tudo que existe.

Pensem como o sistema oprime, sufoca e persiste.

Pensem como é difícil ser diferente do que é considerado o normal.

Pensem como isso pode ser bastante triste.

Pensem como é impossível querer saber o que sente o outro, porque cada um sente como sente, de modo único e diferente, cada um é como é, um sujeito sem igual.

Pensem como seria melhor se ao invés de julgar e maltratar, cada qual se empenhasse em amar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cavalos na Osvaldo Aranha

E 20 de setembro se aproxima...

Kid Abelha

O que você precisa
É de um retoque total
Vou transformar o seu lay-out
Em arte final

Agora não tem jeito
Você tá numa cilada
É cada um por si
Você por mim
E mais nada

Uh... Eu quero você
Como eu quero!

Longe do meu domínio
Você vai de mal a pior
Vem que eu te ensino
Como ser bem melhor

Era como se fosse...

Era como se fosse uma galeria onde se podia ver e ouvir aquela quantidade de obras em quadros e retratos e sons que revelavam histórias de vida.

Após tanta brutalidade, poder contar com aquele lugar e com a paz que reinava ali, era no mínimo consolador.

Gostávamos de fazer um jogo em que suprimíamos um sentido para explorar melhor outro aguçando-o desta forma. Então, enxergávamos melhor, ouvíamos melhor.

E era como se fosse um mundo mais profundo dentro do próprio mundo. Cheio de situações diversas e interessantes. Com muitas pessoas diferentes.

Em outros momentos era como se fosse algum lugar bem natural, com toda a força da natureza. Uma floresta, montanhas, o mar...

Era como se fosse um dia em que tudo acontecia ao mesmo tempo e se podia estar em muitos lugares de uma só vez.

Não era sonho nem delírio, era uma percepção cheia de sensibilidade, capaz de captar inúmeras possibilidades.

E era lindo e era muito bom. Era como se fosse o ideal sendo real.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu sou pela PAZ!

Eu sou a favor da PAZ!
Eu quero a PAZ!
De A a Z... PAZ!

A- Amor como uma utopia possível!
B- Bem, bondade, boa-vontade.
C- Calor humano, conciliação.
D- Dar o melhor, em troca do melhor.
E- Estímulo à vida.
F- Fazer de tudo para ser e fazer feliz.
G- Gostar e expressar o gostar.
H- Hoje, agora, a cada hora é o momento de lutar. Lutar pela paz.
I- Ir adiante... confiante.
J- Justiça. E jamais desistir dos ideais humanitários e pacifistas.
L- Limpar a sujeira.
M- Manter a pureza no coração.
N- Não à guerra e a toda forma de violência.
O- Ouvir aos apelos de todos os homens de bem.
P- Pedir que respeitem a vida.
Q- Querer bem e fazer o bem por querer.
R- Respeitar a vida, a vontade de paz pela qual o mundo clama.
S- Saber em prol da vida para salvar inocentes.
T- Trazer a paz em si e levá-la para o mundo que nos envolve.
U- Usufruir instantes de prazer.
V- Ver com clareza a beleza que existe e persiste apesar de tudo.
X- Xô maldade, xô violência, xô falcatruas.
Z- Zarpar pro futuro com as noções e certezas confirmadas sobre o que vale e o que não vale nada.

Aniversário do Filipe, meu filho querido! 27 anos!


Filho amado! Meu único e adorado filho! Somos amigos, parceiros, compartilhamos alegrias e tristezas, estamos juntos nas horas boas e nas horas difíceis também. Tenho orgulho de ser mãe do Filipe. É um prazer ser mãe do Filipe. Desejo tudo de bom pra ele. Bençãos, muitas felicidades e muitos anos de vida.