domingo, 9 de janeiro de 2011

Tudo certo, Nada resolvido

Tudo certo. Como dois e dois são cinco.

Tudo certo porque é certo que este verão, aqui em Porto, está sendo assim: todo dia faz sol e céu azul, todo dia faz um calorão abafado, e todo dia chega uma hora que cai uma chuva que lava a cidade. Depois da chuva o tempo limpa e começa tudo outra vez.

Tudo certo porque é época de férias e boa parte da família está viajando. Filipe e Dani estão em Ilha Bela/SP. Marta, Jorge e Glória estão em Florianópolis/SC. Dani e Érico estão no Gonpa em Três Coroas/RS. Fico feliz por eles, mas sinto saudades.

Também sinto muita curiosidade de saber quando vai ser que eu vou me aventurar a viajar. Faz tempo que não viajo. Por receio de não me adaptar. As últimas vezes que viajei foi com o Filipe e a Dani. Uma vez pra Três Coroas, pra visitar o templo budista, e outra vez pra serra, pra Nova Petrópolis e Gramado. Foi bom, porque foi breve e porque com eles me sinto segura. Agora tá chamando fazer uma saída dessas de novo, pra praia talvez. Mas o Filipe acha que eu tenho que me animar a viajar sozinha, sem depender deles. Ele acha que eu tenho que programar uma viagem pra Florianópolis, pra visitar o Mário e a Marilia, como eu fazia antes de ficar doente.

Eu quero ir. Morro de saudades de Floripa, dos banhos de mar no Campeche e em Jurerê. Saudades de comer acarajé no Centrinho da Lagoa. Saudades do convívio com meus irmãos mais velhos. Mas tenho medo de estranhar e querer voltar logo que chegar. Não quero ir enquanto ainda estou assim vacilante.

Mas está tudo certo. Estou aqui no meu porto seguro. Tenho colocado colírio na mãe diariamente. Sigo com minha terapia e com o acompanhamento terapêutico. Estou estável. Mas nada está resolvido. Não sei bem a que vou me dedicar esse ano. Quero encontrar uma atividade produtiva que me motive e realize. Ainda não sei o que será. Talvez algo que envolva crianças. Adoro crianças. Ou, talvez, algo que envolva informática. Também adoro informática. Tem que ser algo que eu goste muito. Pra fazer com vontade. Essa vontade que tantas vezes, por tanto tempo, andou sumida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário