Recentemente, há um mês, mais ou menos, parei de tomar litium. Primeiro o psiquiatra reduziu a dose pela metade, e depois tirou por completo.
Fiquei muito feliz porque estou reagindo bem e é muito bom poder diminuir a ingestão de remédios.
O litium é um moderador de humor. Durante todo o tempo que tomei, tive estabilizado o meu humor, nem depressão, nem surtos, nem muita tristeza, nem muita euforia. Ficava meio neutra. Mas era uma neutralidade artificial, conquistada às custas da medicação. Agora, sem o remédio, estou me sentindo mais viva de novo, mais como eu era antes de acontecer tudo o que aconteceu. Estou adorando. Estou mais sensível de novo. Mas estou vigilante, cuidando para não me perder em extremos.
Muitas vontades estão voltando. Vontade de retornar para o meio social. Vontade de produzir. Vontade de escrever mais. Cheguei a pensar em voltar para a oficina literária com Charles Kiefer. Quem sabe...
Antes de eu ficar doente, tomava muito pouco remédio. Sempre gostei de viver de modo mais natural, sem químicos. Por isso foi muito sofrido pra mim ter que ingerir a quantidade de remédios que ingeri nos meus tratamentos. Os remédios com seus benefícios, mas também com seus efeitos colaterais. E por isso é muito bom agora, com menos remédio. De volta a uma vida mais natural.
ResponderExcluirQuerida Têri, adorei teu escrito!
ResponderExcluirTambém tomo o tal litium, estou nessa situação devido à esta psicopatologia comum em pessoas com o lado artístico aflorado. Achei legal compartilhar tuas experiências e parabéns, és uma vencedora. Oxalá continues assim e que seu senso artísco esteja cada vez mais desperto, pois és talentosa ao extremo.
Ah, achei interessante a oficina literária, deve ser bem legal.
Grande abraço do amigo,
Nando Barrett