quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um remédio a menos

Recentemente, há um mês, mais ou menos, parei de tomar litium. Primeiro o psiquiatra reduziu a dose pela metade, e depois tirou por completo.

Fiquei muito feliz porque estou reagindo bem e é muito bom poder diminuir a ingestão de remédios.

O litium é um moderador de humor. Durante todo o tempo que tomei, tive estabilizado o meu humor, nem depressão, nem surtos, nem muita tristeza, nem muita euforia. Ficava meio neutra. Mas era uma neutralidade artificial, conquistada às custas da medicação. Agora, sem o remédio, estou me sentindo mais viva de novo, mais como eu era antes de acontecer tudo o que aconteceu. Estou adorando. Estou mais sensível de novo. Mas estou vigilante, cuidando para não me perder em extremos.

Muitas vontades estão voltando. Vontade de retornar para o meio social. Vontade de produzir. Vontade de escrever mais. Cheguei a pensar em voltar para a oficina literária com Charles Kiefer. Quem sabe...

2 comentários:

  1. Antes de eu ficar doente, tomava muito pouco remédio. Sempre gostei de viver de modo mais natural, sem químicos. Por isso foi muito sofrido pra mim ter que ingerir a quantidade de remédios que ingeri nos meus tratamentos. Os remédios com seus benefícios, mas também com seus efeitos colaterais. E por isso é muito bom agora, com menos remédio. De volta a uma vida mais natural.

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  2. Querida Têri, adorei teu escrito!

    Também tomo o tal litium, estou nessa situação devido à esta psicopatologia comum em pessoas com o lado artístico aflorado. Achei legal compartilhar tuas experiências e parabéns, és uma vencedora. Oxalá continues assim e que seu senso artísco esteja cada vez mais desperto, pois és talentosa ao extremo.
    Ah, achei interessante a oficina literária, deve ser bem legal.

    Grande abraço do amigo,

    Nando Barrett

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